O Teatro Diogo Bernardes em Ponte de Lima está a assinalar o seu 127.º aniversário.
O Teatro foi mandado construir em 1893 por uma comissão promotora constituída por diversos Limianos, em que se destacava João Rodrigues de Morais, tendo o projeto sido entregue ao arquiteto municipal de Viana do Castelo, António Adelino de Magalhães Moutinho.
Projetado segundo os cânones arquitetónicos do teatro à italiana, característico do séc. XIX, apresentava no seu interior elementos de especial interesse, como as pinturas do teto (já desaparecidas) e o pano de boca com uma panorâmica de Ponte de Lima, da autoria de Eduardo Reis.
A inauguração ocorreu em 19 de setembro de 1896, tendo sido contratado para o efeito a Companhia de Ópera Cómica Portuguesa, dirigida pelo ator Francisco Cruz, para quatro récitas, repartidas pelo já mencionado dia 19, e pelos dias 21, 22 e 23.
A primeira representação dá-se com a obra Os Sinos de Corneville, adaptação livre de Eduardo Garrido, da famosa ópera cómica, francesa, em 3 atos e 4 quadros, da autoria de Robert Planquette (música), Clairville (pseudónimo de Louis François Nicolaie) e Charles Gabet.
Após um longo período de degradação, a Câmara Municipal de Ponte de Lima adquiriu-o, realizando extensas obras de recuperação concluídas em 1999, ano da sua reinauguração, a 4 de março. A sala passou a apresentar uma lotação de 305 lugares.
Este ano, no arranque de temporada, o Teatro Diogo Bernardes apresenta, “Agora é que são elas” espetáculo de teatro com Teresa Guilherme e Rui Luís Brás, no dia 22 de setembro, pelas 21.30 horas. E, no dia 29 de setembro, pelas 21.30 horas, a Companhia Olga Roriz apresenta “Pas d´Agitation”, uma performance-instalação de dança e vídeo ao vivo, com um elenco de quatro intérpretes e um artista visual.
Ainda no âmbito da programação dedicada ao 127.º aniversário do Teatro Diogo Bernardes, salienta-se o espetáculo de comédia “Vamos Todos Morrer”, no dia 30 de setembro, pelas 21.30 horas, com Ana Markl, Tiago Ribeiro e Hugo van der Ding e com os convidados musicais Benjamim e Selma Uamusse.