O Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, em Esposende, acolheu o lançamento do sétimo volume de “Alguns Livros da Minha Biblioteca e Outras Histórias”, da autoria de Francisco Brás Marques, baseado na sua biblioteca particular. Confesso inveterado amante de livros e de música, Francisco Brás Marques tem já vários títulos publicados, entre eles: O Nosso Avô Viriato, Quatro Cardeais Portugueses em Roma, A Mãe de Eça de Queirós, Santo Ivo Patrono dos Advogados e Frey Serafim de Freitas versus Hugo Grócio.

“Todos os livros que são estudados nestes volumes foram impressos no século XVI. O único elo que existe entre os volumes é o tempo. São, pois, completamente autónomos”, esclareceu Francisco Brás Marques que apresentou o livro mais antigo da biblioteca particular, datado de 1473.

Resultado da investigação que dedica aos livros sobre a História e a Cultura portuguesas, a mais recente obra de Francisco Brás Marques é “uma peregrinação pelos livros da sua biblioteca do século XVI”, conforme descreveu Salvato Trigo, na apresentação da obra, destacando a “análise pormenorizada” do autor.

Tendo como fonte inspiradora a biblioteca particular, onde pontificam numerosos incunábulos e muitas edições raras dos séculos XVI e XVII, “este volume, como os anteriores, é mais uma peregrinação do autor pelos livros da sua biblioteca, para nos fazer conhecer tempos de antanho e permite-nos, interpostamente, cortejar com o tempo de hoje, para concluir se algo mudou na dimensão estrutural humana”, vincou Salvato Trigo.

A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Alexandra Roeger, enalteceu a figura do autor, lembrando que Francisco Brás Marques foi agraciado com a Medalha de Honra do Município de Esposende, entregue no passado dia 19 de agosto, Dia da Cidade e do Município. A Vice-Presidente sublinhou, ainda, que "a cultura é um dos eixos estruturantes” do atual mandato autárquico, em que para além de promovermos o nosso património cultural, através dos espaços museológicos existentes e daqueles que foram recentemente construídos, estamos também a realizar inúmeras atividades relacionadas com as várias formas de arte, desde o teatro, a música, a promoção da leitura, a dança, seja clássica, contemporânea ou a mais tradicional, privilegiando as pessoas e as coletividades locais. Este é o nosso maior contributo para a divulgação e valorização da nossa identidade e para a formação e capacitação da nossa comunidade, preparando as pessoas com mais aptidão para dar boa resposta aos desafios atuais da nossa sociedade”.

Paula Marinho, em nome de Cruz Santos, da editora Modo de Ler destacou o “privilégio que constitui para o editor Cruz Santos, promover a edição deste livro”.

De resto, da coleção “Alguns Livros da Minha Biblioteca e Outras Histórias”, Francisco Brás Marques já extraiu a história que ganhou vida própria, “Fernão Magalhães Cidadão do Porto”.  Em causa está um testamento de Fernão de Magalhães em que o próprio se declara “vizinho da cidade do Porto”. Recorde-se que Sabrosa, Ponte da Barca e Porto reclamam a naturalidade do navegador.

Da coleção Alguns Livros da Minha Biblioteca e Outras Histórias saiu agora o sétimo volume, mas o autor garante que o oitavo “já está escrito”.