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O Festival Percursos da Música, que hoje se inicia em Ponte de Lima, terá dezassete dias de um programa de espetáculos culturais, em sucessão contínua, que passa pela música clássica, erudita e contemporânea.

O Festival tem como uma das caraterísticas marcantes a procura do enquadramento dos concertos com a arquitetura de Ponte de Lima e Além da Ponte (Arcozelo), sem recurso a equipamentos técnicos que descaracterizem o meio envolvente.

Hoje na abertura do Festival, realiza-se o espetáculo de António Chainho com O Abraço da Guitarra. No dia 31 de julho, para encerramento do Festival, estará Rodrigo Leão com “Piano para Piano”, espetáculo que para além do músico contará com a presença de Rosa, sua filha, com 19 anos.

A EPTA-Portugal é uma associação de pianistas e professores de piano, membro da European Piano Teachers Association (EPTA -Europe). Sob a presidência do pianista e pedagogo Luís Pipa, a associação tem realizado anualmente, com o apoio do Município de Ponte de Lima, o Piano Festival & Masterclasses, combinando uma semana de cursos intensivos de piano durante o mês de julho, numa quinta de Ponte de Lima, com a realização de um conjunto de concertos integrados no Festival Percursos da Música que, no presente ano, contemplam os seguintes: no dia 16 de julho, Lorena Paz Nieto (soprano) e Albert Nieto (piano) com Cantando A Dos Poetisas: Canciones sobre poemas de dos poetas pioneiras del S. XX; no dia 18 de julho, Pianista – compositor: Obras para Piano e Música de Câmara de Luís Pipa, com Luís Pipa (piano), Vera Fonte (piano), Francisco Pinto (violino) e Maria Soeiro (violoncelo); no dia 20 de julho, com o espetáculo Classic, romantic… and beyond, com Murray McLachlan (piano); e no dia 21 de julho, pelas 18.00 horas, concerto de encerramento da Masterclasse EPTA Portugal.

Salienta-se a aposta na participação de jovens talentos limianos no “Festival Percursos da Música”: no dia 19 de julho, o Ensemble de Saxofones da Universidade do Minho, que integram os limianos Carla Pereira e Tiago Fernandes; no dia 21 de julho a APPACDM de Ponte de Lima apresenta o espetáculo Propaganda, onde poderá assistir-se ao resultado do trabalho desenvolvido nos workshops de uma residência artística no âmbito do CriArte 2023 e, no dia 22 de julho, o espetáculo INfluências, com participantes de diversas associações locais, agentes culturais e artísticos; no dia 25 de julho o espetáculo de apresentação dos Laureados do XIX Concurso Internacional de Sopros do Alto Minho, promovido pela Academia de Música Fernandes Fão, em Ponte de Lima; e no dia 27 de julho, o Trio 2091, com a participação do oboísta limiano Joel Vaz, que juntamente com Pedro Barbosa (contrabaixo) e Vasco Valente (clarinete) propõe apresentação de um repertório eclético e diversificado, tocando desde música barroca, passando por tangos de Piazzolla e originais escritos para o grupo.

A presença do Jazz marca o Festival com a Escola de Jazz do Porto, no dia 26 de julho, na Escadaria da Capela das Pereiras, com o Tributo ao compositor Fred Ahlert, formação composta por Luísa Matos na voz, Henrique Cruz na guitarra elétrica, João Ferreira no acordeão, Pedro Barreiros no baixo elétrico e Mário Gonçalves na bateria.

Destaque ainda para os seguintes espetáculos: Rui Fernandes Quarteto, A Viola Amarantina, no dia 17 de julho, num concerto com características únicas e que tem como objetivo primeiro divulgar a viola amarantina, contribuindo para que se saiba que, apesar do nome, esta é uma viola do mundo; no dia 28 de julho, a harpista Maria Sá Silva, apresenta o espetáculo Saudade, onde associando os sons melancólicos do fado com a garra associada à música espanhola este concerto de harpa solo junta obras mais clássicas de Granados, Albéniz, De Falla com transcrições para harpa do famoso guitarrista português Carlos Paredes e do seu pai; no dia 29 de julho, Piano a 4 mãos com Ana Queirós e Christina Margotto, com o espetáculo Baladas, melodias e danças populares, com um programa onde estão representados três aspetos universais das tradições de qualquer povo: a canção de ninar, a canção popular/tradicional, e a dança; e por fim, no dia 30 de julho, Ambar, Encontro Portugal-Índia, que através da música, da dança, do imaginário do poeta coletivo, artistas, músicos e bailarinos de Portugal e do estado do Rajastão na Índia, dedicados desde há muito à exploração das tradições e da música de raiz destas regiões, encontram-se em residência artística pela primeira vez e simbolicamente num ano de reestruturação, para criar um espetáculo único.

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