Visitar banner
Visitar banner

O executivo municipal de Viana do Castelo decidiu, por unanimidade, retirar da ordem do dia o ponto estabelecido para aprovação do relatório final do inquérito relativo ao processo disciplinar interposto a António Cruz, na altura comandante dos Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo depois de várias acusações de trabalhadores que se afirmaram como "vítimas do autoritarismo e abuso de poder", visão secundada pelo STAL (Sindicato Trabalhadores da Administração Local). O sindicato exige “a perda de comissão de serviço no atual cargo e a suspensão na carreira na função de bombeiro, a sua função de origem”.

“Não podendo concretizar”, o presidente da Câmara referiu, no final da reunião do executivo municipal, que houve um “pedido do executivo para complementar a informação constante no relatório final”. Existe uma dúvida sobre "identificar uma questão e é isso que vai ser feito. É um detalhe que no futuro pode fazer a diferença”, disse Luís Nobre. 

A conclusão do processo vai agora “depender do instrutor”, revelou o autarca que sempre quis “deixá-lo correr com toda a naturalidade”.

Presente no público, Ludovina Sousa, do STAL, considerou que se estava perante “mais uma manobra para ganhar tempo” Na primeira vez que o relatório “foi rejeitado em janeiro, porque o instrutor não colocou qualquer pena e entendia que não havia qualquer infração disciplinar”, recordou. Depois “foram feitas novas diligências e o instrutor propunha uma pena de multa que a Câmara rejeitou agora”.

A sindicalista considerou, ainda, que “há, ainda, matéria que tem de ser alvo de sanção para ser analisada como a questão que se prende com fornecimento de fotocópias a um trabalhador, que o comandante demorou dois anos a entregar tendo um despacho, para tal, do vereador dos recursos humanos, da vereadora da proteção civil e do presidente da Câmara”. Ou seja, “três ordens de três superiores hierárquicos que o instrutor do processo não considerou que houvesse infração disciplinar”, disse Ludovina Sousa questionando se desobedecer “não é considerado não sei o que será”.

A insatisfação alarga-se ao facto de só se aplicar “sanções em três pontos quando o relatório final do inquérito menciona nove atitudes passíveis de pena”.

Para o STAL a multa é “uma pena leve” pois, na sua perspetiva, a justiça seria feita com “a perda de comissão de serviço no atual cargo e a suspensão na carreira na função de bombeiro, a sua função de origem”.

Recorde-se que durante este processo, António Cruz assumiu novas funções de coordenador municipal da Proteção Civil.

PARTILHAR: