Rui Moreira e o presidente do Partido Social Democrata reuniram nos Paços do Concelho, para fazer o balanço de dois anos desde o firmar do acordo de governação entre o movimento independente e o PSD. O presidente da distrital do partido, Sérgio Humberto, e o presidente da concelhia, o também vereador da Câmara do Porto, Alberto Machado, acompanharam Luís Montenegro.
À saída do encontro, o presidente da Câmara do Porto confessou que este era "um dia interessante". "São dois anos de colaboração ativa e de um entendimento que encontrámos", reforçou Rui Moreira, considerando oportuno o momento para "fazermos um balanço da situação, sobre o andamento dessa nossa aliança".
Mostrando-se "satisfeito" com o que o acordo com o PSD tem trazido para a cidade, o presidente da Câmara sublinhou como o entendimento "tem sido importante para a estabilidade governativa no Porto".
Nos Paços do Concelho, Rui Moreira e Luís Montenegro tiveram, ainda, oportunidade de abordar temas prementes como a descentralização, a habitação ou o financiamento dos municípios. "São temas que interessam ao presidente do PSD e também nos interessam a nós, em particular", afirma o presidente da Câmara.
Por seu lado, Luís Montenegro afirmou que o acordo do PSD com o movimento vencedor nas eleições de 2021 potenciou a "estabilidade governativa a toda a atividade autárquica no Porto".
O presidente dos sociais-democratas acrescentou que discutiu, ainda, com Rui Moreira a questão da segurança na cidade, "não só medida em criminalidade participada, mas também relativamente a algum sentimento de insegurança, que, sabemos, empiricamente, tem tido um agravamento em função da temática relativa ao consumo de drogas na via pública, que, no Porto, tem sido uma preocupação crescente do presidente da Câmara".
Nas palavras de Luís Montenegro, esta é uma matéria que "merece, do ponto de vista do Governo, uma atenção especial". "Entrecruzam-se aqui várias matérias que têm a ver com o policiamento, com a forma como o legislador intervém relativamente à detenção, às quantidades que podem ser consideradas para autoconsumo e às políticas sociais", refere o presidente do PSD.
Durante a reunião, Luís Montenegro afirma ter percebido "que a cidade do Porto está a ser um bocadinho vítima de estar a ser mais diligente que os municípios vizinhos no que toca, precisamente, a este tipo de acompanhamento social, a dotar as pessoas com mais dificuldade de alimentação, de zonas para poderem ter um consumo acompanhado".
O responsável social-democrata apela a uma "visão supramunicipal" para que a estratégia da Câmara do Porto "possa ser acompanhada pelos municípios vizinhos".