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As conversas em família, sobre famílias, são sempre divertidas, mas as conversas “sobre a família” são avassaladoras.

A nós, aconteceu-nos isso durante o almoço de Páscoa. Resolvi comentar a falta de vários membros ali connosco e o quanto tinham alterado a nossa vida. A ideia, confesso, era perceber até que ponto somos capazes de usar de algum patamar de retidão a avaliar alguém que mudou a nossa vida, apenas porque o respeitável laço da biologia assim o permitiu.

Bem vistas as coisas, isso seria um tema sério, tanto mais que assistimos diariamente ao cenário dantesco de mulheres mortas às mãos dos companheiros da vida de toda, de mães que matam os próprios filhos, e que até aquele dia também eram famílias normais.

O desenrolar da conversa fez-me concluir que as famílias, ainda que feridas de morte, se recusam a revolver as próprias entranhas.

Esta recusa foi à minha mesa, uma coisa quase transversal dos mais novos aos mais velhos.

Descobri ali desconcertada que nas famílias há um sistema nervosos que se fecha e que não se abre nunca mais.,

Porque é tao difícil de falar da família em família?

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