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De acordo com fonte da organização do evento, os intérpretes das modinhas para animar o arranque das festividades em honra de Nossa Senhora das Dores, foram maioritariamente provenientes do concelho Limiano, mas outros vieram de longe: do restante Minho ao Douro, das Beiras e mais além!

Após o desfile em arruada, as rusgas dispersaram-se por espaços públicos da vila, para interpretação de repertório tradicional: viras, chulas, gotas e picadinhos…

Em tempo de Feiras Novas e de música popular, é dever lembrar alguns daqueles que foram exímios na arte da concertina. Para além dos conterrâneos, esses saudosos Cachadinha, da freguesia do Bárrio, e Félix, de S. Martinho da Gândara, um outro nome, evocamos, cimeiro na arte do dedilhar o instrumento e cantar ao desafio, em tocata ou isolado.

Referimo-nos a Nelson Pereira, o Vilarinho, de Covas, Vila Nova de Cerveira. Natural de S. Paulo, Brasil, falecido há dez anos, acompanhou vários grupos folclóricos da região, como o de Santa Marta de Portuzelo (Viana do Castelo), o de Dem (Caminha), o do Cerdal (Valença), o de S. Martinho da Gândara (Ponte de Lima), entre outros.

Mas, o sempre renomado- Nelson Vilarinho – tinha uma afeição pelas Feiras Novas, nas quais participava desde petiz, recordava-nos há um quarteirão de anos. Tudo começara cerca de 1951 após comprar a sua primeira concertina por 170 escudos (0,85 cêntimos moeda de hoje), essa sua companhia para tantos arraiais, festejos ou romarias, públicas ou particulares onde a sua presença era muito estimada (além de Ponte de Lima, recordemos a Peneda ou o S. João de Arga), ou as solarengas residências de Lanheses, Bertiandos, Calheiros, Aurora. Aqui, em Abril de 1952, a convite do Conde de Aurora, Vilarinho interpretou um Vira, para a inglesa Margot Fonteyn (1919 – 1991), regressada de digressão por Nova Iorque, considerada “uma das melhores bailarinas de todos os tempos”, no terraço circundante á sala de jantar, como a foto documenta.

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