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Há cem anos era inaugurado o primeiro museu de Viana do Castelo, o atual Museu de Artes Decorativas. Foi inaugurado durante as Festas da Agonia, em 1923, mas a ideia começou a ser geminada três anos antes. A autarquia de Viana do Castelo assinala amanhã a data.

Para a criação do museu foi criada uma comissão da qual faziam parte o, na altura, presidente da Câmara, Rodrigo Abreu e os estudiosos Cláudio Basto, Luís Figueiredo da Guerra e Luís Augusto Oliveira.

A primeira necessidade com que se confrontaram era evidente: o museu necessitava de um edifício. Viria a ser escolhido, no Largo de S. Domingos. Um edifício mandado construir em 1724 pelo cónego António Felgueiras Lima e nele ficava hospedado o arcebispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, quando se deslocava a Viana, a banhos.

Mais tarde foi comprado pela família Barbosa Teixeira Maciel, ficando conhecida pela Casa dos Barbosa Maciel.

O jornal Aurora do Lima deu conta da abertura do “museu regional” instalado na “Casa Das Figuras”.

Nos primeiros anos do museu foram expostas peças arqueológicas, sobretudo recolhidas nas escavações da citânia de Santa Luzia, alguns objetos relacionados com a vida municipal, já em desuso, como as varas de vereadores, e o aferidor de medidas da alfândega, e outras recolhidas na demolição de edifícios importantes, como são as pedras de armas.
Juntamente com o museu ficou instalada a biblioteca, até ao ano de 1966.

Em 1993 foi acrescentada uma ala nova ao museu, da autoria do arquiteto Luís Teles - que acabaria por receber uma menção honrosa no Prémio Nacional de Arquitetura – permitindo a abertura de uma galeria  para exposições temporárias, reservas e gabinetes de trabalho e auditório, que permitiu o desenvolvimento de uma atividade museológica mais consistente.

Atualmente o museu é marcado pela sua coleção de artes decorativas, doadas pelo estudioso Luís Augusto Oliveira, que inclui contadores Indo-portugueses e mobiliário de D. João V e D. José I.

Uma parte importante do acervo do Museu é composta por coleções de faiança, nomeadamente da Fábrica de Loiça de Viana, sendo detentor de uma das mais importantes coleções do país.

Podem ainda ser vistos os alizares de azulejos, representando os quatro continentes, as cenas de caça e da vida palaciana. O

 Museu possui ainda algumas pinturas sobre madeira dos séculos XVI a XX; uma secção lapidar com mais de três dezenas de peças, onde se destaca o núcleo de heráldica classificado como Pedras de Armas e um valioso espólio numismático.

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